terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sorria! Seu cliente sempre tem razão e o sol nasceu pra todos...



Você fica horas na loja, escolhendo sem pressa, os melhores tecidinhos, surta com tantas florzinhas lindas, bolinhas e cores de enlouquecer, decide o que quer levar e enquanto o vendedor corta você avista de longe os botões de coração... enlouquece de novo e leva alguns.
Depois de lavar, passar e às vezes até engomar, você corta, costura, borda, e finaliza com um lacinho ou com o tal botão de coração.
Tudo pronto, até parece que foi fácil né?
Pois é, mas a gente que trabalha em casa, e tenta sobreviver de artesanato, sabe que não é bem assim. Nós artesãos sabemos que além de todo esse processo, tem as famosas paradinhas pra fazer o café, o almoço, o jantar, recolher a roupa no varal, atender ao telefone, responder e-mails, ir ao banco, ao sacolão, levar e buscar crianças na escola, achar bermudas, conferir cadernos, separar algumas briguinhas e decidir qual dos filhos vai usar primeiro o computador, dar uma atenção ao marido, correr para fechar as janelas na hora da chuva, e mais um monte de outras tarefas, e olha que eu nem falei do processo de criação, dos testes que fazemos, antes de colocar nossos produtos no mercado, da nossa busca pela qualidade e pelo melhor acabamento.

Na feira de artesanato, ou na sua própria casa, lá está você, orgulhosa diante do seu trabalho, e parada diante de alguém que na maioria das vezes desconhece o verdadeiro passo a passo de um produto artesanal.
Seu cliente olha, vira, revira, e sem nenhum cuidado desfaz o laço, olha por dentro, faz um monte de perguntas, e você continua ali, em pé, com um sorriso meio forçado, sentindo na pele aquela mão pesada, tocando seu trabalho, sua arte, de qualquer jeito, esperando que “ela” decida.
Se você é do tipo desinibida, enquanto seu trabalho é apalpado de todas as formas, você vai dando informações sobre o tecido, dizendo que é 100% algodão, pré-lavado, e vai tentando a todo custo convence-la de que seu produto “presta”, mas mesmo diante de todo seu esforço, a “cliente”, que sempre tem razão, vai embora, levando na mão seu cartão.
Você respira, faz novamente o laço, afinal esse é o seu trabalho, e quando pensa em sair correndo, lembra das contas, dos compromissos que fez, e do livro de auto ajuda que leu, e prefere acreditar que no final tudo vai dar certo.
Volta sorridente para a porta do stand, ou simplesmente volta para o seu cantinho a espera de uma nova cliente.
Bom, e quando você está diante de alguém, que você jura, mesmo sem ter uma bola de cristal, que tudo que ela quer é descobrir como se faz? E sem nenhum constrangimento ela vira literalmente seu trabalho do avesso e ainda pergunta com cara de paisagem:
Essa costura é a mão ou a máquina?
Você trabalha sozinha?
Claro que você vai se controlar vai sorrir e responder.
E no próximo ano ela vai estar lá novamente, só que desta vez, no stand do lado do seu.
E mais uma vez você vai sorrir, porque afinal o sol nasceu pra todos.
Essas são apenas algumas das situações que com certeza a maioria das pessoas que dependem de venda e expõem seus produtos já passaram ou ainda vão passar.
Vender não é tarefa fácil e eu definitivamente, por incrível que pareça não sei vender, mas com o passar do tempo eu fui encontrando alguns “jeitinhos”, para amenizar esse “sofrimento”.
Quer saber o que foi que eu fiz?
Eu conto tudo na minha apostila, que está no forno, sendo preparada com muito carinho.
Aguardem!

Muitos bjs...♥

carlapianchão

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Novidade!


Recebo todos os dias muitos e-mails de pessoas que estão começando neste mundo encantador de cores e tecidinhos, querendo saber qual é a melhor máquina, se é preciso lavar os tecidos antes de usar... enfim as dúvidas são muitas.
Pois é, fiz magistério há alguns anos atrás, e só agora vou colocar em pratica o meu lado professora, e mais uma vez a vida me mostra que nada é por acaso, tudo tem uma razão e um propósito.
Estou montando um curso básico de patchwork, com algumas “pequenas", mas notáveis diferenças dos cursos que já existem.
Já disse várias vezes que não sigo a risca regras e técnicas, misturo o que aprendi com o meu lado criativo e com o que fui descobrindo com a prática, e são exatamente esses segredinhos, dicas e truques que eu pretendo ensinar.

Nunca fui a favor de cópias na integra, acredito que todas as pessoas têm um lado criativo que pode ser acordado a qualquer momento.
Quero ajudar pessoas a criar, a mudar, a fazer diferente.
Mais do que facilitar os primeiros passos de quem pretende ingressar neste mundo encantador, eu tenho a intenção de ajudar pessoas a se sentirem mais felizes, mais úteis, mais capazes de enfrentar a vida.
Depois de alguns anos nesta estrada, posso afirmar que trabalhar com as mãos, com formas e cores pode com certeza nos ajudar a seguir em frente mais leve.

Muito breve estarei pronta para receber você com muito carinho.

Se você tem interesse em fazer o curso básico de patchwork, deixe seu nome através de um dos meus e-mails abaixo, que eu entrarei em contato assim que estiver tudo pronto.
carlapianchao@ig.com.br
cpianchao@gmail.com
carlapianchao@yahoo.com.br

Um abraço

carlapianchão

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

providenciando uma mãe nova...


Bom, o cara disse que o problema é na placa mãe, parece que até no mundo virtual a culpa é sempre da mãe, só que neste caso, basta entrar na loja e comprar outra mãe, mais potente, mais resistente, mais forte, enfim você pode escolher a mãe que quiser, e se tiver grana e tempo, tem muita mãe boa por aí.
Mas não se deixe enganar, converse com jeitinho com o cara da loja, que ele é até capaz de deixar você fazer um teste drive na “mãe” antes de levar.

Pois é, estou desligada do mundo virtual, mas estou trabalhando e muito, os problemas com a “mãe” já estão sendo sanados e rapidinho eu to voltando com muitas novidades.
Não posso escrever muito porque estou no not da minha vizinha, tudo diferente, levei horas procurando o "ç"...

Mas como eu acredito piamente que nada na vida é por acaso, estou encarando este pequeno problema como uma paradinha, pra pensar, reciclar idéias, digerir alguns acontecimentos e claro, melhorar como pessoa, como ser humano...
Tenho batido longos papos comigo, e tem sido muito legal essa experiência, não tem sido fácil me encarar de frente, olho no olho...

Volto já...
Muitos bjs e espero sinceramente que estejam todos bem e com saudades de mim... rsrsrs


Carlapianchão

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

a vida não é fácil... mas é bela!


Seria maravilhoso se a vida fosse realmente um mar de rosas, mas depois de alguns anos nesta estrada posso dizer com certeza que não é, mas calma! A vida é bela mesmo assim... rsrsrs
Alguns aborrecimentos, alguns tropeços, algumas pedrinhas... mas nada, nada mesmo me faz desistir de ser feliz, ainda tenho coisa pra caramba pra fazer e pra realizar.
Bom, mas não foi por causa desta triste e verdadeira constatação que eu andei meio sumida, apenas estou elaborando alguns novos projetos, se passarem pelo meu blog não se assustem com uma fumacinha, ou um leve cheirinho de queimado... ando pensando, e tentando colocar em prática alguns projetos.
Paralelo a constatação de que a vida não é fácil, mas é bela, continuo entre flores e cores.

Se você tinha alguma dúvida do meu amor pelas cores fortes, da minha ousadia e rebeldia em relação ao patchwork... depois de ver esse meu trabalho, não terá mais.

Estou terminando uma manta com blocos que se chamam spiderweb (teia de aranha), mas o meu, vai se chamar flowers in spiderweb (nem sei se é assim mesmo que se escreve em inglês, mas traduzindo... flores na teia de aranha) isso mesmo, na minha teia existem flores, de todas as cores...
Aguarde!

Espero sinceramente que estejam todos bem e felizes!
Tenham um lindo dia!

Bjs...♥

carlapianchão

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

é preciso valorizar o trabalho feito a mão...


Hoje amanheceu chovendo, uma chuvinha fina, sem barulho, quase não molhou o chão, não deu nem para lavar os telhados, pelo visto nosso período de seca e muita poeira, ainda vai durar um pouco mais, mas ficou um friozinho gostoso de sentir.
Depois de um feriado prolongado, estou novamente no meu cantinho, com meu silêncio que eu adoro.
Entre muitas flores e muitas cores, estou terminando mais um trabalho, estou nos finalmente, nos detalhes, nos arremates, e é exatamente neste momento que sempre me vem a cabeça a questão do preço, do valor, de pensar quanto vale horas e horas de total dedicação.
Bom, calcular preços é sempre um “problema”, afinal quero ser justa, mas quero acima de tudo ser a primeira a valorizar o meu trabalho.
Depois de alguns anos nesta estrada e de aprender através de uma auditoria, como calcular corretamente o preço de um produto, ainda acho que para quem compra e não faz é muito difícil imaginar tudo e todos os detalhes de um trabalho feito à mão.
Insisto em dizer que nós artesãos, somos artistas.
Não fabricamos 1000 peças de uma só vez, cortamos uma por uma, não usamos máquinas computadorizadas para bordar florzinhas, bordamos pétala por pétala, ponto por ponto...
E nos momentos que precisamos das máquinas elas são tocadas por nossos pés e guiados por nossas mãos.
Se a história nos descaracteriza como artistas porque aceitamos encomendas, porque criamos sobre a influencia da mídia, da moda, do mercado... então vou ser ainda mais rebelde do que de costume e vou descordar da história.
Acho que a maioria dos artesãos tem toda a condição de trabalhar somente com a imaginação e com as próprias mãos, poderíamos criar espontaneamente, mas a realidade nem sempre nos permite dar total asas a nossa imaginação.
Precisamos viver e sobreviver, e como somos artistas... rsrsrs
Vivemos e sobrevivemos da nossa arte.

Tenham todos um lindo dia

carlapianchão

Volte sempre!

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